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MATÉRIA DO JORNAL OPÇÃO
Demóstenes Torres faz cirurgia revolucionária contra o diabetes. Senador é operado pelo cirurgião goiano Áureo Ludovico De Paula, que desenvolveu técnica inédita para curar uma das mais terríveis doenças da humanidade.
Áureo Ludovico: “Uma doença que não tinha cura”
Demóstenes Torres: "Espero estar curado em um ano”
Demóstenes Torres faz cirurgia revolucionária contra o diabetes. Senador é operado pelo cirurgião goiano Áureo Ludovico De Paula, que desenvolveu técnica inédita para curar uma das mais terríveis doenças da humanidade.
Áureo Ludovico: “Uma doença que não tinha cura”
Demóstenes Torres: "Espero estar curado em um ano”
No dia 19 de janeiro, no Hospital Albert Einstein, o senador Demóstenes Torres foi submetido a um procedimento que promete revolucionar o tratamento do diabetes. A técnica, denominada freio neuroendócrino no tratamento do diabetes, foi desenvolvida pelo cirurgião Áureo Ludovico De Paula, e é feita por laparoscopia (através de pequenas incisões, ou seja, não há corte cirúrgico).
A cirurgia foi a opção do senador para curar a doença prevalente em sua família e que já matou pelo menos dois irmãos e o pai. Por ser minimamente invasiva, no dia seguinte Demóstenes já estava caminhando no corredor do hospital. Menos de dois meses depois, Demóstenes Torres diz que se sente muito bem. “Ainda não estou curado, as estatísticas mostram que 41% se curam no primeiro mês e 55% no primeiro ano. Estou nessa do primeiro ano. Mas o importante é que meu estado físico está muito melhor. Perdi em torno de 15 quilos, estou fazendo exercícios físicos. Minha glicose, que chegava até a 200, tem oscilado para baixo e já chegou a dar até menos de 100.
Minha expectativa é de que dentro de um ano eu esteja curado, e foi isso que o doutor Áureo me disse.” Demóstenes está tão bem que até a pressão arterial, que sempre foi boa, 11 por 7, baixou para 11 por 6. Ele tomava muitos remédios e agora está tomando apenas três comprimidos por dia, de uma medicação mais fraca. E à medida que for diminuindo o nível de glicose no sangue, diminui também essa medicação até eliminá-la totalmente. Ele tomava remédios para normalizar a taxa de colesterol. “Agora já não preciso, o colesterol está normalizado sem medicação.” Demóstenes Torres não era um doente em situação crítica. Não tinha, por exemplo, nenhuma restrição alimentar nem seqüelas da doença.
Ele conta que optou por fazer a cirurgia para evitar que aparecessem essas seqüelas, como problema hormonal ou cardíaco. Os efeitos do diabetes são conhecidos de perto pelo senador, oriundo de uma família de dez irmãos, com cinco deles acometidos pela doença. “Meu pai morreu praticamente cego por conta do diabetes. Um irmão morreu no ano passado, também praticamente cego e fazendo hemodiálise. Meu irmão mais velho morreu na década de 80 com problemas cardíacos sérios, morreu infartado. Somos dez irmãos, metade tem diabetes.
Eu optei por fazer a cirurgia porque sabia que o que vinha depois seria muito pior. A cirurgia evita que apareçam esses problemas, porque coloca a gente em níveis normais”, conta o senador.
Prêmio Nobel de Medicina
Demóstenes Torres diz que Áureo Ludovico já é uma referência na medicina nacional. “Todos os médicos brasileiros conhecem sua técnica, respeitam o que ele faz. É um cientista, muito respeitado. Tenho vários amigos que operaram com ele com resultados positivos. E dois senadores já disseram que também vão operar para a cura do diabetes”, conta.
O senador diz que conversou com médicos proeminentes em São Paulo e eles são entusiastas do procedimento criado pelo colega goiano. Segundo Demóstenes, esses médicos falam que se a técnica comprovar sua eficácia a longo prazo, se depois de dez anos os pacientes continuarem com o níveis regularizados, o método se confirmará tão revolucionária que vai quebrar a segunda maior indústria do mundo, a dos medicamentos contra o diabetes. “Isso, segundo esses médicos, pode levar o gastroenterologista goiano a ganhar o Prêmio Nobel de Medicina. É uma expectativa que tem razão de ser. É uma possibilidade, segundo esses médicos, que são profissionais também renomados e que reconhecem a importância da técnica desenvolvida pelo Áureo”, diz.
O bisturi e o laparoscópio de Áureo Ludovico não são novidades na família de Demóstenes. Ele já tinha operado o filho mais velho do senador, que com 17 anos era um superobeso, com mais de 140 quilos. “Hoje meu filho tem uma vida normal, com 75 quilos. Desde então, sempre conversei com o doutor Áureo, procurei me informar melhor, e optei por fazer a cirurgia para cura do diabetes.”
Cura pela cirurgia é uma revolução O goiano Áureo Ludovico De Paula tem 47 anos. É um homem que gosta de conversar e fala com grande entusiasmo de sua profissão. É um dos mais brilhantes médicos brasileiros. Curiosidade e inconformismo talvez sejam suas características mais marcantes. Só isso explica como ele chegou a desenvolver a técnica cirúrgica que pode causar — ou está causando — uma revolução na medicina mundial. A cura do diabetes por cirurgia é isso mesmo, uma revolução que pode abalar impérios financeiros.
“Eu me perguntava como pode haver uma doença tão devastadora, tão prevalente, tão importante do ponto de vista social e econômico e não se tem cura para ela. Daí eu quis ver de que maneira eu, como cirurgião, poderia ajudar esses pacientes. Fui estudar, pesquisar”, conta Áureo. Ele lembra, por exemplo, que leu num artigo da década de 80 que em pacientes operados de úlcera, observou-se que certo porcentual melhorava do diabetes. Que operavam certo número de obesos e tantos por cento melhoravam o diabetes.
“Pensei na possibilidade de combinar esses fatores para modificar a história natural da doença”, diz. Áureo lembra que no Reino Unido, os maiores estudiosos de diabetes observaram que o tratamento clínico reverteu muito pouco na história da doença. “Li esse estudo há dez anos e me surpreendi. Me perguntei como pode essa doença estar sendo tratada assim com resultados tão poucos efetivos.
Os indivíduos são tratados e continuam morrendo; continuam ficando cegos; continuam tendo baixíssimos índices de aderência ao tratamento. Tem alguma coisa errada aí.” Ele revela que um estudo da Merck Sharp & Dohme, uma das maiores farmacêuticas do mundo, publicado na semana passa, diz que apenas 30% dos pacientes conseguem aderir ao tratamento de forma eficaz. “Há relatos de mais de 2 mil sobre o diabetes e o tratamento sempre foi através de dietas, atividades físicas e medicamentos. Sem resolver.
Isso mostra que a medicina está levando de goleada e não trata coisa alguma, só está dizendo que está tratando. Uma coisa é o que se fala que vai fazer, e outra é o que efetivamente se faz. Então, surgem remédios milagrosos que não mudam a história do problema.” Baseado nas suas pesquisas, ele desenvolveu a alternativa de tratar o diabetes através de cirurgia, uma guinada de 180 graus no tratamento da doença. De 2003 para cá, ele já operou 408 pacientes magros. Alguns já estão curados. Outros estão em franco processo de cura.
Só Áureo faz esse procedimento no Brasil. Ele opera em Goiânia, no Hospital de Especialidades, e em São Paulo no Albert Einstein. Nos próximos dias começará a operar também no Mount Sinai, em Nova York. No mundo a cirurgia é feita na Índia e em Milão (Itália) e está sendo implantada nos Estados Unidos. O detalhe, os cirurgiões que operam na Índia e na Itália foram treinados com o médico goiano. Resistência — Áureo diz que enfrenta dificuldades na divulgação do procedimento justamente pelo ineditismo. “Desde o início sabíamos que a divulgação dessa técnica seria uma corrida de maratonista.
Teríamos de ter resistência porque todo o resto do sistema é contra no mais amplo sentido da palavra, porque mexe com muitos interesses.” Ele revela que está enfrentando dificuldades em muitos lugares. “Imagine o impacto econômico que a cura do diabetes vai provocar em todo o mundo. Um paciente diabético gasta R$ 1 mil por mês. Multiplique isso em escala mundial. Com a cura por cirurgia, quantos pacientes estão sendo beneficiados, mas por outro lado, quanta gente está deixando de ganhar dinheiro. Muitos estão sendo prejudicados com a cura do diabetes.
São médicos, profissionais de outras áreas e a própria gigantesca e milionária indústria farmacêutica que estão sendo prejudicados.” Áureo lembra que o doente diabético normalmente tem uma farmácia em casa. “Mas o que vale é o bem maior desses pacientes. O doente curado ultrapassa as barreiras das resistências. A lógica natural da medicina é o bem comum de quem está sendo atingido pela doença, é a cura do doente. Esse é o bem maior e os eventuais prejudicados terão de se adaptar ou mudar de ramo”, diz Áureo.
Hormônios trabalham contra a doença
Mas o que é a técnica desenvolvida pelo cirurgião goiano? Ele explica de forma bem simplificada: “Não estamos fazendo transplante de órgão, não estamos colocando célula-tronco, não estamos colocando célula embrionária. Por um procedimento que os americanos chamam de smart (esperta), estamos fazendo com que hormônios do próprio indivíduo trabalhem a favor dele contra o diabetes.” Em outubro de 2007, a revista Veja publicou material a respeito da técnica de Áureo Ludovico sob o título ´Diabetes, a esperança no bisturi´.
A reportagem registrou que o método foi relatado por Áureo na edição de agosto da revista Surgical Endoscopy, da Sociedade Americana de Cirurgiões Gastrointestinais e Endoscópicos. “Ele é o criador da técnica de interposição do íleo. Feita por laparoscopia, a cirurgia consiste em aproximar uma parte do íleo do estômago, de modo a intensificar a produção de GLP-1. A operação prevê ainda a redução de 20% do estômago, o que reduz drasticamente a produção de grelina, o hormônio do apetite. Isso leva à perda de peso e, assim, diminui a resistência à insulina. Dos 39 pacientes citados no artigo da revista americana, quase 90% ficaram completamente livres do diabetes.
De cada dez, três saíram do hospital sem necessidade de nenhuma medicação antidiabética — uma cura praticamente instantânea. “Se apenas metade desses resultados puder ser repetida, teremos uma revolução no tratamento do diabetes”, diz Alfredo Halpern, endocrinologista, da Universidade de São Paulo. A cirurgia tem efeito, ainda, sobre uma série de outras doenças associadas ao diabetes — hipertensão, colesterol alto e triglicérides em excesso.
Há três semanas, uma equipe de pesquisadores da Escola de Medicina Mount Sinai, em Nova York, esteve no Brasil para aprender a técnica criada por De Paula. Eles vão começar a testá-la nos Estados Unidos. O sucesso da experiência brasileira serviu de incentivo para que os americanos se lançassem nessa empreitada. Até então, eles não haviam tomado essa iniciativa porque, lá, os protocolos de pesquisas com seres humanos são muito mais rigorosos e demorados”.
Áureo Ludovico diz que a eficácia da cirurgia é de 91% a 96%, entendendo-se que eficácia nessa área é medida por dois fatores: baixa de glicose no sangue e retirada dos medicamentos que o paciente tomava para controlar seus níveis glicêmicos. “E a cirurgia, além de baixar a glicose, também reverte aos danos causados pela doença.” Ele lembra que o diabetes é considerado a principal causa de cegueira e de doenças cardíacas. “Aliás, o diabetes é considerado uma doença cardíaca disfarçada de endócrina. Em qualquer serviço de tratamento de doenças cardíacas se verifica que 85% dos pacientes são diabéticos”, explica.
No dia em que Áureo recebeu a reportagem do Opção, americanos de uma empresa cadastrada junto ao FDA dos Estados Unidos estavam fazendo visita, como parte de uma auditagem sobre o procedimento. É um dos últimos passos para que a técnica seja aplicada nos Estados Unidos, onde 25 milhões de pessoas sofrem desse mal. No Brasil, cerca de 9% da população sofre de diabetes. Na Índia esse porcentual é quase o dobro, numa população que é seis vezes maior que a brasileira e com um expressivo contingente abaixo da linha de pobreza.
“Por isso sempre estão vindo delegações de indianos para aprender essa técnica conosco. Em abril virá mais uma delegação de indianos”, informa Áureo. A técnica ainda é experimental, dentro da classificação governamental brasileira de procedimentos (técnicas aceitas, não-aceitas e experimentais). Para comparação, a cirurgia de obesidade, realizada há 15 anos no Brasil, só foi rotulada como aceita no início de 2008, ou seja, até então era experimental.
É importante observar que a técnica não tem a ver com obesidade, sendo específica para tratamento de pacientes diabéticos. A indicação é para pacientes com diabetes do tipo 2, que compreende 95% dos acometidos por essa doença. “O procedimento tem amplo alcance, porque se o indivíduo tem obesidade, essa obesidade será curada. Se ele tem pedra na vesícula, isso será corrigido, o mesmo ocorrendo com hérnia do estômago.
A obesidade é apenas parte do problema”, afirma. Segundo Áureo, o enfoque da cirurgia não é apenas diabetes. “Quando se faz esse procedimento, 98% curam do problema do colesterol; 95% dos pacientes curam da hipertensão; 93% curam do problema do triglicérides; e 90% revertem o problema renal. Então estamos tratando outros problemas de saúde vinculados ao diabetes, porque normalmente esse indivíduo usa remédio para o colesterol, para os rins, para pressão.” (Cezar Santos).
O senador diz que conversou com médicos proeminentes em São Paulo e eles são entusiastas do procedimento criado pelo colega goiano. Segundo Demóstenes, esses médicos falam que se a técnica comprovar sua eficácia a longo prazo, se depois de dez anos os pacientes continuarem com o níveis regularizados, o método se confirmará tão revolucionária que vai quebrar a segunda maior indústria do mundo, a dos medicamentos contra o diabetes. “Isso, segundo esses médicos, pode levar o gastroenterologista goiano a ganhar o Prêmio Nobel de Medicina. É uma expectativa que tem razão de ser. É uma possibilidade, segundo esses médicos, que são profissionais também renomados e que reconhecem a importância da técnica desenvolvida pelo Áureo”, diz.
O bisturi e o laparoscópio de Áureo Ludovico não são novidades na família de Demóstenes. Ele já tinha operado o filho mais velho do senador, que com 17 anos era um superobeso, com mais de 140 quilos. “Hoje meu filho tem uma vida normal, com 75 quilos. Desde então, sempre conversei com o doutor Áureo, procurei me informar melhor, e optei por fazer a cirurgia para cura do diabetes.”
Cura pela cirurgia é uma revolução O goiano Áureo Ludovico De Paula tem 47 anos. É um homem que gosta de conversar e fala com grande entusiasmo de sua profissão. É um dos mais brilhantes médicos brasileiros. Curiosidade e inconformismo talvez sejam suas características mais marcantes. Só isso explica como ele chegou a desenvolver a técnica cirúrgica que pode causar — ou está causando — uma revolução na medicina mundial. A cura do diabetes por cirurgia é isso mesmo, uma revolução que pode abalar impérios financeiros.
“Eu me perguntava como pode haver uma doença tão devastadora, tão prevalente, tão importante do ponto de vista social e econômico e não se tem cura para ela. Daí eu quis ver de que maneira eu, como cirurgião, poderia ajudar esses pacientes. Fui estudar, pesquisar”, conta Áureo. Ele lembra, por exemplo, que leu num artigo da década de 80 que em pacientes operados de úlcera, observou-se que certo porcentual melhorava do diabetes. Que operavam certo número de obesos e tantos por cento melhoravam o diabetes.
“Pensei na possibilidade de combinar esses fatores para modificar a história natural da doença”, diz. Áureo lembra que no Reino Unido, os maiores estudiosos de diabetes observaram que o tratamento clínico reverteu muito pouco na história da doença. “Li esse estudo há dez anos e me surpreendi. Me perguntei como pode essa doença estar sendo tratada assim com resultados tão poucos efetivos.
Os indivíduos são tratados e continuam morrendo; continuam ficando cegos; continuam tendo baixíssimos índices de aderência ao tratamento. Tem alguma coisa errada aí.” Ele revela que um estudo da Merck Sharp & Dohme, uma das maiores farmacêuticas do mundo, publicado na semana passa, diz que apenas 30% dos pacientes conseguem aderir ao tratamento de forma eficaz. “Há relatos de mais de 2 mil sobre o diabetes e o tratamento sempre foi através de dietas, atividades físicas e medicamentos. Sem resolver.
Isso mostra que a medicina está levando de goleada e não trata coisa alguma, só está dizendo que está tratando. Uma coisa é o que se fala que vai fazer, e outra é o que efetivamente se faz. Então, surgem remédios milagrosos que não mudam a história do problema.” Baseado nas suas pesquisas, ele desenvolveu a alternativa de tratar o diabetes através de cirurgia, uma guinada de 180 graus no tratamento da doença. De 2003 para cá, ele já operou 408 pacientes magros. Alguns já estão curados. Outros estão em franco processo de cura.
Só Áureo faz esse procedimento no Brasil. Ele opera em Goiânia, no Hospital de Especialidades, e em São Paulo no Albert Einstein. Nos próximos dias começará a operar também no Mount Sinai, em Nova York. No mundo a cirurgia é feita na Índia e em Milão (Itália) e está sendo implantada nos Estados Unidos. O detalhe, os cirurgiões que operam na Índia e na Itália foram treinados com o médico goiano. Resistência — Áureo diz que enfrenta dificuldades na divulgação do procedimento justamente pelo ineditismo. “Desde o início sabíamos que a divulgação dessa técnica seria uma corrida de maratonista.
Teríamos de ter resistência porque todo o resto do sistema é contra no mais amplo sentido da palavra, porque mexe com muitos interesses.” Ele revela que está enfrentando dificuldades em muitos lugares. “Imagine o impacto econômico que a cura do diabetes vai provocar em todo o mundo. Um paciente diabético gasta R$ 1 mil por mês. Multiplique isso em escala mundial. Com a cura por cirurgia, quantos pacientes estão sendo beneficiados, mas por outro lado, quanta gente está deixando de ganhar dinheiro. Muitos estão sendo prejudicados com a cura do diabetes.
São médicos, profissionais de outras áreas e a própria gigantesca e milionária indústria farmacêutica que estão sendo prejudicados.” Áureo lembra que o doente diabético normalmente tem uma farmácia em casa. “Mas o que vale é o bem maior desses pacientes. O doente curado ultrapassa as barreiras das resistências. A lógica natural da medicina é o bem comum de quem está sendo atingido pela doença, é a cura do doente. Esse é o bem maior e os eventuais prejudicados terão de se adaptar ou mudar de ramo”, diz Áureo.
Hormônios trabalham contra a doença
Mas o que é a técnica desenvolvida pelo cirurgião goiano? Ele explica de forma bem simplificada: “Não estamos fazendo transplante de órgão, não estamos colocando célula-tronco, não estamos colocando célula embrionária. Por um procedimento que os americanos chamam de smart (esperta), estamos fazendo com que hormônios do próprio indivíduo trabalhem a favor dele contra o diabetes.” Em outubro de 2007, a revista Veja publicou material a respeito da técnica de Áureo Ludovico sob o título ´Diabetes, a esperança no bisturi´.
A reportagem registrou que o método foi relatado por Áureo na edição de agosto da revista Surgical Endoscopy, da Sociedade Americana de Cirurgiões Gastrointestinais e Endoscópicos. “Ele é o criador da técnica de interposição do íleo. Feita por laparoscopia, a cirurgia consiste em aproximar uma parte do íleo do estômago, de modo a intensificar a produção de GLP-1. A operação prevê ainda a redução de 20% do estômago, o que reduz drasticamente a produção de grelina, o hormônio do apetite. Isso leva à perda de peso e, assim, diminui a resistência à insulina. Dos 39 pacientes citados no artigo da revista americana, quase 90% ficaram completamente livres do diabetes.
De cada dez, três saíram do hospital sem necessidade de nenhuma medicação antidiabética — uma cura praticamente instantânea. “Se apenas metade desses resultados puder ser repetida, teremos uma revolução no tratamento do diabetes”, diz Alfredo Halpern, endocrinologista, da Universidade de São Paulo. A cirurgia tem efeito, ainda, sobre uma série de outras doenças associadas ao diabetes — hipertensão, colesterol alto e triglicérides em excesso.
Há três semanas, uma equipe de pesquisadores da Escola de Medicina Mount Sinai, em Nova York, esteve no Brasil para aprender a técnica criada por De Paula. Eles vão começar a testá-la nos Estados Unidos. O sucesso da experiência brasileira serviu de incentivo para que os americanos se lançassem nessa empreitada. Até então, eles não haviam tomado essa iniciativa porque, lá, os protocolos de pesquisas com seres humanos são muito mais rigorosos e demorados”.
Áureo Ludovico diz que a eficácia da cirurgia é de 91% a 96%, entendendo-se que eficácia nessa área é medida por dois fatores: baixa de glicose no sangue e retirada dos medicamentos que o paciente tomava para controlar seus níveis glicêmicos. “E a cirurgia, além de baixar a glicose, também reverte aos danos causados pela doença.” Ele lembra que o diabetes é considerado a principal causa de cegueira e de doenças cardíacas. “Aliás, o diabetes é considerado uma doença cardíaca disfarçada de endócrina. Em qualquer serviço de tratamento de doenças cardíacas se verifica que 85% dos pacientes são diabéticos”, explica.
No dia em que Áureo recebeu a reportagem do Opção, americanos de uma empresa cadastrada junto ao FDA dos Estados Unidos estavam fazendo visita, como parte de uma auditagem sobre o procedimento. É um dos últimos passos para que a técnica seja aplicada nos Estados Unidos, onde 25 milhões de pessoas sofrem desse mal. No Brasil, cerca de 9% da população sofre de diabetes. Na Índia esse porcentual é quase o dobro, numa população que é seis vezes maior que a brasileira e com um expressivo contingente abaixo da linha de pobreza.
“Por isso sempre estão vindo delegações de indianos para aprender essa técnica conosco. Em abril virá mais uma delegação de indianos”, informa Áureo. A técnica ainda é experimental, dentro da classificação governamental brasileira de procedimentos (técnicas aceitas, não-aceitas e experimentais). Para comparação, a cirurgia de obesidade, realizada há 15 anos no Brasil, só foi rotulada como aceita no início de 2008, ou seja, até então era experimental.
É importante observar que a técnica não tem a ver com obesidade, sendo específica para tratamento de pacientes diabéticos. A indicação é para pacientes com diabetes do tipo 2, que compreende 95% dos acometidos por essa doença. “O procedimento tem amplo alcance, porque se o indivíduo tem obesidade, essa obesidade será curada. Se ele tem pedra na vesícula, isso será corrigido, o mesmo ocorrendo com hérnia do estômago.
A obesidade é apenas parte do problema”, afirma. Segundo Áureo, o enfoque da cirurgia não é apenas diabetes. “Quando se faz esse procedimento, 98% curam do problema do colesterol; 95% dos pacientes curam da hipertensão; 93% curam do problema do triglicérides; e 90% revertem o problema renal. Então estamos tratando outros problemas de saúde vinculados ao diabetes, porque normalmente esse indivíduo usa remédio para o colesterol, para os rins, para pressão.” (Cezar Santos).
Para saber como foi a minha cirurgia siga abaixo:
PARTE 1 http://cirurgia2.blogspot.com/2009/03/o-inicio-de-tudo.html
Bom dia! Gostaria de saber se tem um e-mail q eu possa entra em contacto c o Dr Aureo pois tenho um sobrinho de 27 anos q tem diabete desde 7 anos de idade , morro em bruxellas belgica e gostaria q ele visse o caso do meu sobrinho q eh bem especial ele ja esteve em belo horizonte p tentar o trasplante de pancreas e nao pode faze-lo. meu e-mail eh lylyanechantin@hotmail.com
ResponderExcluiragradeço antecipadamente
Dr tenho um histórico de obesidade dibetes e hipertensos em minha familia, hoje estou com 26 anos e não consigo emagrecer, ja fiz todo tipo de dieta e sempre volto a engordar e a minha dificuldade ficou ainda maior após o nascimento de minha filha, engordei 20 kg na gravidez e des de então não consigo mesmo emagrecer
ResponderExcluirtenho 85kg e 1,58 de altura e quero saber se no meu caso seria indicado a cirurgia de obesidade,
gostaria muito que fosse pois sei que iria resolver o que mais me abate. obrigado
espero sua resposta!
Você deixou este comentário sem deixar e-mail para resposta. O e-mail do Dr. Aureo é adepaula@uol.com.br.
ResponderExcluirMinha irmã tem 43 anos, desde os 16 é diabética.Hj está só com 19,5% da função renal, pressão alta, colesterol e triglicérides altos, ainda não faz diálise, está na fila de transplante duplo (pâncreas e rim) no HC de Ribeirão Preto, porém é muito magra. Existe possibilidade de fazer essa cirurgia?Gostaria de um parecer e se possível levá-la para uma avaliação.Os outros exames,inclusive dos outros órgãos se acham normais. Bjs
ResponderExcluirMinha irmã está com 43 anos, desde os 16 é diabética, hj está com 19,5% de função renal, colesterol e triglicérides altos,pressão arterial altíssima, portanto os outros exames se encontram normais, já está na fila de transplante duplo (pâncreas e rim) do HC de Ribeirão Preto, ainda não faz diálise, o potássio está normal, portanto é muito magra, pois faz dieta para diabetes e rim. Gostaria de receber um parecer da possibilidade dela fazer a tal cirurgia e como proceder para marcar consulta com Dr. Aureo. Desde já agradeço.
ResponderExcluiroi tenho obesidade a uns 15 anos e ñ consigo emagreçer ñ sofro de diabetes mas tenho condromalácia um desgaste nos joelhos os médicos chegaram a cogitar a ipótese de fazer uma redução de estômago para póder perder peso mas tenho medo de uma cirurgia desse porte vi o vídeo e constatei q a recuperação da tua cilurgia é mais rápida e menos agreciva por isso gostarioa de saber se posso fazer tal cilurgia e qual seria o custo obrigada neu email é sandrap.1971@hotmail.com.br
ResponderExcluirOlá. só entrei aquí para parabenizar o Dr. Áureo Luduvico pelo Dom pelo profissionalismo e o carater de grande homem que é. não o conheço, nunca o ví pessoalmente, mas muito já ouvi falar sobre este talentozissimo Profissional.
ResponderExcluirO mercado são pra muitos, porém o com DOM de Deus são poucos. e ele certamente é um desses.
Sou de Anápolis, Goiás e tenho bastante orgulho de ser um goiano, sabendo que aquí tem homem desse gabarito.
Parabéns.
Ezequiel
Por favor como faço para ter contato com Dr.Áureo ou com a equipe dele?
ResponderExcluirPelo que estou lendo a respeito, ele é muito importante, nem sei se vou ter condições de falar com ele, mas quero muito fazer essa cirurgia, é prá recomeçar minha vida, prá mim é tudo o que eu desejo, meu sonho, faço qualquer coisa, mas peço por favor me ajudem a fazer contato por favor.
Obrigada
Que Deus te abençoe! E que o Dr Aureo Ludovico possa ajudar muita gente a viver melhor.
ResponderExcluirGil Gomes de planaltina go
www.clicaplanaltina.com
Eu fui previlegiada por Deus em encontrar o medico Dr. Aureo, pois após implante contraceptivo mal sucedido engordei 25 k, atraves desta nova tecnica cirurgica eu fui operada em 2007, desde entao a minha auto estima voltou e hoje levo a minha vida na normalidade, graças ao cientista Dr.Aureo.
ResponderExcluirPENA QUE EXISTEM POUCAS PESSOAS COMO O DR.AUREO QUE TEM ESTA DISPOSIÇÃO DE DESCOBRIR NOVOS PROCEDIMENTOS DE CURA E NAO DE ENGANAR OS PACIENTES COMO MUITOS DOUTORES POR AI QUE SE VENDEM AOS GRANDES GRUPOS ECONOMICOS.
ResponderExcluirELE SIM DEVERIA TER O RECONHECIMENTO DOS GOVERNANTES DESTE MUNDO AFORA.
olà; eu gostaria de saber aonde si encontra o hospital ou clinica deste Dr?
ResponderExcluirpois preciso urgentemente fazer a cirurgia bypass intestinal
aonde si encrontra a clinica ou hospital deste Dr.? porfavor obrigado por responder
ResponderExcluirBem no topo do blog, do lado direito fica o telefone da clinica pois tenho recebido muitas mensagens perguntando o telefone.
ResponderExcluirAqui vai o nr:
Telefone da Clinica do Dr. Áureo => 62-3241 7444
Dr.Aureo tenho uma filha adotiva de 5 anos, quando ela tinha 1a6m descobrimos a diabetes,infelismente a glicemia da Eshter é bastente alterada, mesmo fazendo todo o tipo de regime,a glicemia dela fica sempre acima dos 200,não sei mais o que fazer, estou desesperada, pois tenho medo de atacar a visão,ela não fala e nem ouve, não sabemos nada da mãe biologica.
ResponderExcluirProcurando na internet descobri,o seu nome e fiquei com tanta esperança da cura da minha pequena, não sei se ja realizou a cirurgia em criança, mas me de uma luz.
Moro em Catalão. Meu email vivendamoveis@ig.com.br
Estou anciosa pela resposta
Magda Elania.
Ola. boa tarde. Meu nome é Jose Atonio vian.Moro em,MS. estou aguardando uma resposta sobre o meu diagnostico, ja a 2 meses e nao obtive resposta ate agora, nao sei porque,ja fiz varios contatos e ate agora nada.ficaria muito grato se voces pudesem me atender. meu email e jose.vian@hotmail.com
ResponderExcluirPor favor como faço para ter contato com Dr.Áureo ou com a equipe dele?
ResponderExcluirPelo que estou lendo a respeito, ele é muito importante, nem sei se vou ter condições de falar com ele, mas quero muito fazer essa cirurgia, é prá recomeçar minha vida, prá mim é tudo o que eu desejo, meu sonho, faço qualquer coisa.
Tenho diabetes há 5 anos, não consigo controlar nem com remédios e nem com insulina, sou sedentária, tenho 1,72m e peso 92 kg....não aceito esta doença....tb tenho colesterol e triglicérides alto....sou de São Paulo - Capital.
Peço por favor me ajudem a fazer contato .....
Obrigada
dear
ResponderExcluiri need the contact number/mail id where i can contact your clinic the number 0062324174444 is not connecting
Boa noite
ResponderExcluirMeu marido é diabetico tipo 2 e está com ferida pé diabetico eu gostaria de consultar com o Dr. Dr. Áureo Ludovico de Paula,ele atente no Hospital de Especialidades, de Goiânia (GO), ? Meu email para contato é t_t_maia@hotmail.com Aguardo resposta
Bom dia.. meu marido tem diabetes tipo 1 a cerca de 2 anos.. quando descobriu está mais de 550 hoje ele faz uso de insulina 2 vezes por dia e muitas vezes a insulina não consegue controlar.. quando vamos verificar está mais de 300 l.. isso acontece com muita frequência.. gostaria de saber o procedimento para uma consulta. Temos disponibilidade de ir até Goiânia para consultar. Se possível gostaria de saber o e-mail do médico para entrar em contato E-mail:Rafael.avelino.oliveira@hotmail.
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